Na
contemporaneidade, ainda vemos exemplos da idealização do povo indígena,
originada do Romantismo.
Um deles é a canção “Um índio”, de Caetano Veloso.
Observa-se o seguinte trecho:
“Um índio
descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num
claro instante
(...)
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico”.
No cinema nacional também é possível observar a valorização do índio como elemento nacional. Na série de filmes "Tainá" (2000 e 2004), a pequena índia habitante de uma tribo na Amazônia, amante da natureza e protetora dos animais, luta para salvar a exuberante biodiversidade brasileira, retratada na produção. A nativa é mostrada como heroína, representante da Nação. Abaixo, está o link para o trailer do 2º filme:
A literatura nacional contemporânea apresenta, algumas vezes, essa idealização. Por exemplo, no personagem Papa Capim, dos quadrinhos de Ziraldo.
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